segunda-feira, 4 de maio de 2009

Como é produzido o leite materno?

Quem tem seio pequeno não consegue amamentar. Cerveja preta, canjica e mingau de milho fazem com que a mulher tenha mais leite, assim como passar um pente no seio.
Engraçado, fico me perguntando, então, como as mamães africanas, aquelas subnutridas (osso e pele) conseguem alimentar seus bebês se elas quase não se alimentam????
Nossa, são tantas histórias que a gente houve por aí...
Bom, mas voltando à realidade, é interessante ver como a natureza é sábia, né? O organismo materno se prepara durante nove meses para que depois do parto o bebê possa se deliciar com esse manjar produzido especialmente para ele.
Ao longo da gravidez, os hormônios progesterona e estrógeno, secretados pela placenta, fazem com que os seios aumentem de tamanho e recebam mais irrigação sanguínea. Mas a produção de leite só começa mesmo após o parto.
Acontece que enquanto está no ventre materno o bebê recebe suas refeições sem sequer dar sinal de fome. Lá ele não precisa chorar pra avisar que está faminto. A comidinha chega pra ele na maior mordomia via cordão umbilical.
Quando nasce, instintivamente ao ser colocado junto ao seio da mãe, o bebê começa a sugar, estimulando os terminais nervosos existentes no mamilo. Por impulso elétrico uma mensagem é enviada à glândula hipófise, localizada na base do cérebro, e a partir daí dois outros hormônios entram em cena, a prolactina e a oxitocina, responsáveis pela produção e pela descida do leite.
E esse manjar possui nutrientes na medida exata das necessidades da criança. Mais ainda: no primeiro mês, a mãe produz o colostro, que muitos, erroneamente chamam de “leite fraco”, mas que, em verdade, é o mais adequado àquele momento da vida. Primeiro porque não possui tantos sais, evitando que haja uma sobrecarga nos rins ainda tão delicados do recém-nascido. Segundo porque é riquíssimo em imunoglobulinas, anticorpos fabricados pelo organismo materno, o que o torna uma espécie de vacina para o neném. Além disso, o colostro possui fatores bífidos que preparam o intestino do bebê para combater bactérias que lhe são nocivas, e carrega grande quantidade de moléculas de lípase, proteína que facilita a digestão da gordura. Enfim, o prepara para, mais tarde, receber o leite maduro.
Pode-se dizer, ainda, que o leite também é “produzido” na cabeça, daí porque muitas mães adotivas, ao colocarem o neném para mamar por seguidas vezes, conseguem produzir leite.
Como 87% do leite materno é composto de água (esqueçam as chuquinhas de água, pelo amor de Deus!!!!!), é muito importante que a mãe tenha especial atenção a sua hidratação, até porque mulheres que bebem pouco líquido, de fato produzem menos leite.
E não pára só por aí. A composição do leite vai mudando de mamada pra mamada, e ao longo da mesma mamada. No início é mais rico em proteínas, vitaminas, minerais e água; mais para o fim da mamada é mais rico em gordura, e fornece mais energia para o bebê. Se fosse o contrário ele iria logo se saciar, dispensando o leite que viria depois. Por isso é importante deixar a criança esgotar o seio a cada mamada, pois caso ela receba apenas o leite do começo, menos calórico, dificilmente se sentirá saciada. Talvez por isso muitas mães acreditem que o leite do peito não alimenta direito o seu bebê, pois ele mama, mama, mama, e continua com fome. É claro que o leite materno se digere mais fácil e rapidamente, mas muitas vezes isso ocorre porque as mães podem não estar amamentando corretamente.

Seguem essas duas reportagens Superinteressantes sobre esse assunto!!!!

http://super.abril.com.br/superarquivo/1992/conteudo_112988.shtml
http://mundoestranho.abril.com.br/saude/pergunta_287142.shtml

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